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domingo, 7 de dezembro de 2008

A DOR

Espetou-me os olhos tal qual alfinete sem fim

Ricocheteou na nuca de suor frio imediato

Afundou-se na garganta deixando rastro de fel

Varou-me as entranhas sem nenhum pudor

Senti-me desfalecendo, sem acreditar no que via

Mais fácil seria duvidar de minha sanidade

Mas não era mentira, tampouco ilusão de espelhos

Embora o chão que a meus pés se abria

E o mundo que me rodava a cabeça

Era isto: a vida atirando-me a sua realidade

Era um golpe daqueles que nos mudam pra sempre

A dor faz isso, sabe?

Bifurca o caminho

Ou somos engolidos pelo chão

quedando-nos iguais aos que nos repudiam

Ou tornamo-nos mais fortes

no embate entre o nosso querer e o ser da realidade

A dor fez isso, sabe?

Deixou-me mais forte para seduzir a vida

3 comentários:

Anônimo disse...

Linda!
vc toca a alma quando escreve...
bjsss...

Talita Brito disse...

Repito aqui, por falta de criatividade, o que a Vera disse. :)

Te adicionei como "seguidora". Retornei ao mundo dos blogueiros, ainda que timidamente.

Um abraço, hermanita.

Anônimo disse...

Adorei o modo como escreve. abraços.
sofie.