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quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Feliz 2009!

domingo, 7 de dezembro de 2008

A DOR

Espetou-me os olhos tal qual alfinete sem fim

Ricocheteou na nuca de suor frio imediato

Afundou-se na garganta deixando rastro de fel

Varou-me as entranhas sem nenhum pudor

Senti-me desfalecendo, sem acreditar no que via

Mais fácil seria duvidar de minha sanidade

Mas não era mentira, tampouco ilusão de espelhos

Embora o chão que a meus pés se abria

E o mundo que me rodava a cabeça

Era isto: a vida atirando-me a sua realidade

Era um golpe daqueles que nos mudam pra sempre

A dor faz isso, sabe?

Bifurca o caminho

Ou somos engolidos pelo chão

quedando-nos iguais aos que nos repudiam

Ou tornamo-nos mais fortes

no embate entre o nosso querer e o ser da realidade

A dor fez isso, sabe?

Deixou-me mais forte para seduzir a vida

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

DOWNLOAD


Fucking my world

Spending my hours

Nem sequer começou

Down

Load

I feel bad

I feel down

I feel blue

Enquanto espero

O início do download

Carrego imagens

Evoco passagens

Visito lembranças

De como eu era livre

De como você era feliz

Quando estudávamos por livros

E chegávamos à praia sem celular

Pisco

File not found


quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Parabéns pra Barack Hussein Obama II


Deu certo!


Alinhar ao centro


A propósito, a agência de publicidade que tem a conta do Johnnie Walker não perdeu tempo!




segunda-feira, 3 de novembro de 2008

INFAME



Essa corja

Essa casta

Esses colarinhos brancos


É o pobre

É o cobre

mendigado nas calçadas


É a arma

É o medo

É a vida que escapa


A cegueira e o óbvio

A fuga do banal

A mesmice da TV


O corpo dos artistas

O cárcere por paixão

O futebol e o povão


Esse roubo

Esse estorvo

A socialização da fome


É tudo o que não importa

É o resumo do infame!



DILACERAÇÃO VULGAR


Eu me entreguei a ti

Sem nenhuma licença poética

Sem nenhuma ressalva

Foi na literalidade


Escancarei-me de todas as formas

Oferecendo-te o melhor e o pior de mim

Revelando minha individualidade mais recôndita

Eu fui tua e eu via o horizonte


E acreditei nas promessas

E vivi na unidade

E cri, feliz da vida,

na reciprocidade

que se quebrou

como um vazo caído em mil pedaços


Quando te vi em outro corpo,

eu não mais te bastava

Que, cheia de lascívia,

vulgar se entregava

dilacerando-me as ilusões

E o pior de mim aflorava...