COMPRAR LIVRO DE LARA LUNNA

Clique aqui.

domingo, 10 de junho de 2007

JUNHO: O MÊS DO ORGULHO GAY.

Caros Leitores,
Eventos marcantes da história da humanidade merecem que sejam lembrados para que não esqueçamos de dar valor ao momento histórico atual. Não no sentido de nos acomodarmos ou que sejamos pessimismistas. Mas sim pelo que temos de positivo.
No nosso caso, GLBTTS, é importantíssima a valorização do espaço que temos hoje em dia. Espaço esse que, sem dúvida, ainda teremos ampliado. Sim, ampliado. Isso porque, a despeito de tudo o que foi conquistado através das eras, há os renitentes que, em nome de suas bandeiras (ilegítimas por essência) arvoram-se no direito de agredir moral e fisicamente outro ser humano, somente porque expressa sua afetividade e/ou sexualidade de modo diverso.
Para os S, os recém autodescobertos e os que não conhecem a origem do 28 de junho como dia do orgulho gay, fiz uma colagem de informações e, claro, algumas imagens da delicadeza lezzz.
Espero atingir o objetivo e que vocês curtam.
Com carinho,
Mina Blixen.
PS: Obrigada pelas visitas, e-mails e comentários. =)
..
STONEWALL: Onde tudo começou
Joana Penteado e Maria Isabel Hossri
Ano de 1969. Uma semana após o Homem pisar na lua pela primeira vez, os freqüentadores do Stonewall Inn, pequeno bar localizado no Greenwich Village em Nova York (EUA), nem imaginavam que também entrariam para a História.

Em 27 de junho, o bar destinado ao público homossexual foi palco de uma batida policial. Embora o bar não fosse assumidamente gay, o que era proibido naquela época, a maior parte de seus clientes fazia parte deste segmento. Prisões e batidas policiais aconteciam com frequência em bares freqüentados por gays em Los Angeles e Nova York Em Stonewall, porém, foi a primeira vez que os gays reconheceram a opressão que sofriam e tomaram conhecimento de que aquilo precisava ser mudado.

Em um protesto violento, cerca de 400 pessoas revoltaram-se contra as prisões que estavam sendo feitas em Stonewall. Na noite seguinte, mais um grupo de pessoas reuniu-se em frente ao bar e protestou contra a ação da polícia. Após os incidentes, por dias seguidos, foram publicados em diversos jornais, como o The New York Times, artigos sobre a revolta e, senão apoiando, não atacando os homossexuais. Alguns, especialmente o Village Voice, deram todo o apoio aos rebelados.

Depois de alguns dias, membros de duas ONGs, (Mattachine Society, voltada para os gays e Daughters of Bilitis, voltada somente para as lésbicas) reuniram-se próximo dali, em Washington Square, num protesto que contou com cerca de 500 pessoas e foi considerada a primeira “Reunião da Força Gay (Gay Power)”.

A Mattachine Society foi uma ONG fundada em Los Angeles, em 1951 e tinha o objetivo de educar o público sobre a homossexualidade, dar assistência aos gays e ajudá-los a tratar de problemas como discriminação e injustiças, que eram causados devido o conservadorismo da sociedade. Era grande o número de homossexuais que se sentiam injustiçados perante a lei. Já a Daughter of Bilitis foi fundada em 1955, em São Francisco e teve seu nome retirado do livro “Canções de Bilitis” do autor francês Pierre Louy, que continha poemas que relatavam histórias de amor entre mulheres. A proposta da entidade era proporcionar às lésbicas um local de encontro fora dos bares, além de ajudá-las e instruí-las a reivindicarem seus direitos civis. Mas nenhuma das duas jamais tivera uma atuação tão às claras como naquele ano. A multidão de gays, lésbicas e travestis também voltou mais organizada, com uma atitude mais política, e alguns começaram a pichar frases nas vitrines e nas paredes, reclamando direitos iguais. Outros gritavam exigindo o fim das batidas nos bares gays. Novamente a multidão atirou pedras e garrafas em direção aos policiais e novamente a polícia investiu contra os manifestantes.

No terceiro dia, um domingo, as coisas pareciam ter voltado ao normal e o bar Stonewall foi reaberto. Seus clientes habituais voltaram, a polícia os deixou em paz por um tempo e os jornais acabaram se ocupando de outros assuntos. Mas na verdade tudo havia mudado. A partir daquele dia aqueles gays lésbicas e travestis perceberam que nunca iriam ser aceitos pela sociedade se ficassem apenas esperando e dependendo de sua boa vontade. A rebelião mostrou a eles que a atitude que deveria ser tomada era a do enfrentamento. O discurso mudou. Nada mais de pedir para ser aceito: era preciso exigir respeito.

A primeira Parada aconteceu em Nova York, um ano após o ocorrido. Stonewall, então, virou sinônimo de libertação sexual para o público homossexual. Muitas outras Paradas se seguiram a essa, em Washington, San Francisco e outras capitas dos Estados Unidos e do mundo. Já no Brasil, o processo foi mais longo. Apenas uma década depois, em 1978 seria criado o primeiro grupo gay, o paulistano Somos, que “abriu as portas” para outros grupos de apoio aos homossexuais. A década de oitenta chegou e de certa forma, ajudou o número de grupos de homossexuais a crescer, pois foi nessa época que surgiu a AIDS e suas adversidades. Estes grupos gays foram pioneiros na luta contra a doença – que, hoje sabemos, atinge todas as pessoas.

Hoje, o Dia Mundial do Orgulho Gay é comemorado em 28 de junho em mais de 140 países. Em homenagem ao “dia da batida policial” no Stonewall, aconteceram este ano – só no Brasil – 40 Paradas Gays, de maio a setembro, concentrando-se em junho. Inclui-se nessa lista a Parada do Orgulho GLTB de São Paulo, atualmente a maior do mundo, com um público estimado em 2 milhões e meio de pessoas. Ano passado, até o presidente Lula se manifestou: “A importância das paradas, que vem se espalhando pelo país e pelo mundo, é exatamente dar visibilidade aos homossexuais, bissexuais e transgêneros, que por muitos séculos não puderam se expor, muito menos reivindicar seus direitos como qualquer outro cidadão. A sociedade brasileira tem se sensibilizado com a luta pela visibilidade da diversidade sexual. Como diz Milton Nascimento: ‘Qualquer maneira de amor vale a pena. Qualquer maneira de amor vale amar’.” Foi a primeira vez que um presidente da República reconheceu as Paradas Gays.

Aquela noite
O testemunho de quem estava lá
Eric Marcus
“O lugar atraía gente bem diferente. Tinha drag queens, um bando de estudantes, uns mais novos, uns mais velhos, homens de negócios. Era um lugar interessante. Eu sempre encontrava meus amigos no Stonewall. Havia uma pista de dança, uma jukebox, algumas mesas. Tinha também uma área nos fundos, o que naquele tempo significava que outro bar funcionava lá atrás.

Na noite da batida, alguns homens de terno e gravata entraram e deram umas voltas pelo bar. Tava na cara que eram policiais. De repente, as luzes se acenderam, as portas foram trancadas e todos foram impedidos de sair até os policiais decidirem o que iam fazer. Eu estava ansioso, mas sem medo. Todo mundo estava ansioso, sem saber se seríamos todos presos ou o quê.

Dez ou quinze minutos depois, nos mandaram sair, em fila. Pediram a identidade de todo mundo. Quem tivesse sem, ou fosse menor de idade – e todas as drags – era retido e incarcerado temporariamente no roupeiro. Praticamente um armário. Mal sabia a polícia a ironia desse simbolismo. Mas eles descobriram rapidinho.

O povo ia sendo libertado, mas permanecia do lado de fora do bar. Ninguém ía embora. Todos esperavam os amigos saírem. As pessoas que passavam ali pela Christopher Street, que era uma rua bem movimentada na época, também começaram a se juntar na frente do bar. A multidão crescia e crescia.

Eu fiquei pra olhar também. Alguns gays que saíam do bar faziam uma reverência à multidão e seus amigos gritavam e assobiavam. Era bem divertido. Quando todo mundo que seria liberado saiu é que as coisas começaram a ficar tensas, Os que foram presos - na maioria gente travestida, e funcionários do bar - foram levados a um camburão estacionado na calçada, bem na frente do bar. Mas foram deixados lá, desguardados pela polícia, que entrou de volta no bar. Eles simplesmente desceram do camburão e saíram, pra alegria da multidão. Aquelas pessoas foram deixadas soltas deliberadamente, sem sombra de dúvida. Parecia haver alguma espécie de acordo entre a polícia e o pessoal do bar, de forma que eles não queriam realmente prender todo mundo, mas apenas parecer que estavam prendendo.

Quando todos saíram e os prisioneiros foram embora,a multidão ficou. Eu não sei exatamente por que, mas havia um misto de curiosidade e preocupação com o que havia acontecido. Até que algumas pessoas começaram a jogar moedas na calçada, na frente do Stonewall. E alguém jogou uma pedra, que quebrou uma das janelas do segundo andar. Todo mundo fez um "oohhhh" de espanto.

Pra mim, foi como se tivessem cutucado a ferida de um ódio que vinha crescendo há muito tempo a esse tipo de abordagem injusta e preconceituosa. Não era minha culpa que muitos bares onde eu podia encontrar outros gays eram de propriedade do crime organizado. Graças ao sistema de discriminação oficial por parte das autoridades e da corrupção da polícia (daí as moedas atiradas no início [e a frase pichada na frente do bar no dia seguinte ao tumulto: "Proibição aos gays corrompe os policiais e alimenta a máfia" (foto)]), estes eram os únicos bares onde era permitido servir homossexuais. Nada disso era culpa minha.

A tensão aumentou. Algumas outras pedras voaram. Alguém arrancou um parquímetro e quebrou o vidro da frente do bar. Outro pegou uma lata de lixo, colocou fogo e a atirou lá dentro. Os policiais usaram um extintor para apagar o fogo e depois o usaram na multidão para mantê-la à distância. Foi aí que o tumulto começou.”

Trecho do livro Making History, de Eric Marcus (p. 200-201) Tradução: Deco Ribeiro
Fonte dos dois textos acima: http://www.e-jovem.com/tema19.html






O Mês do Orgulho GLBT de São Paulo tem primado pela junção de parcerias, as mais diversas, com o intuito de movimentar todo o mês de junho e dar visibilidade aos temas de interesse de gays, lésbicas, bissexuais, travestis e transexuais a toda a sociedade paulistana. As atividades vão desde a festiva e grandiosa Parada, na Avenida Paulista, que colore as capas de todos os jornais e enche as telas das TVs do país, até os discretos ciclos de oficinas e de debates que se espalham pela periferia longínqua da capital paulista, sensibilizando pessoas que nunca tiveram acesso a temas como direitos humanos de GLBT e prevenção em DST/aids.

Para entender o avanço dessa articulação de atividades - que envolvem visibilidade, diversão, celebração, debate, inclusão cultural, na saúde, no esporte -, é preciso conhecer a história desses dez anos. Foram anos de avanços e recuos, que levaram a um aprendizado sobre o que é possível fazer para tornar São Paulo uma das capitais mundiais da diversidade e da tolerância sexual.

Após dez anos, a Parada do Orgulho GLBT de São Paulo passou de uma manifestação social de 2000 pessoas, realizada, em 1997, para a maior manifestação pública desse tipo no mundo, conforme atesta o Guinness Book of Records. É inegável o reflexo dessa trajetória no aumento do respeito à diversidade, numa manifestação que é considerada marco para os movimentos sociais no Brasil e prova de que é possível fazer política sem perder a irreverência e a espontaneidade.

As paradas brasileiras surgiram a partir de meados da década de 90, num período de grande efervescência do movimento GLBT no Brasil. A referência do dia 28 de junho veio do marco histórico do movimento norte-americano pelos direitos civis de homossexuais. Em 1969, gays e travestis que freqüentavam o bar Stonewall, em Nova York, promoveram sua primeira rebelião contra as batidas policiais, durante dias de barricadas.

Com cerca de dois mil participantes, “de todos os lugares e profissões”, a 1a. parada tinha apenas um “trio” elétrico, graças à perua emprestada pelo Sindicato das Costureiras de São Paulo, que tocava MPB de três fitas k7. A 2ª. Parada, com sete mil pessoas, que reivindicavam seus direitos humanos, representou uma transição no processo de organização com a criação da Associação da Parada do Orgulho GLBT de São Paulo (APOGLBT). Em 1999, com 35 mil pessoas, a virada do milênio prometia muito orgulho GLBT, sigla usada pela primeira vez, dando visibilidade social e política a bissexuais, travestis e transexuais.

Com o salto para 120 mil participantes em 2000, a 4ª. parada ganha visibilidade nacional. Foi o ano do primeiro financiamento estatal, buscado no Ministério da Saúde, e do apoio da prefeitura. Também houve uma diversidade de atividades paralelas. Em 2001, começa a série de "gay days" em parques de diversões e a primeira feira Cultural, com expositores e shows de drag queens e transformistas. A data passa a ocorrer no feriado de Corpus Christi, o que favoreceu o crescimento turístico.

Com meio milhão, a parada de 2002 abordou o tema da educação, levando 25 trios elétricos para a Avenida Paulista. Com esses números, a manifestação insere-se entre as maiores do mundo. A visibilidade lésbica recebeu destaque com motoqueiras, percussionistas, bandas e cantoras. O primeiro milhão de pessoas veio em 2003, conquistando editorial celebrativo da imprensa pela "ampliação da democracia". O reconhecimento de GLBT na família foi o tema da 8ª. parada, que se tornou a maior do mundo, impressionando com números de infra-estrutura organizativa, apesar das enormes dificuldades financeiras.

Multiplicando-se todo ano por duas, a parada de 2005 reivindica aprovação do projeto de Parceria Civil entre pessoas do mesmo sexo, que continua tramitando no Congresso Nacional há mais de uma década. Após a 10ª. parada, a palavra homofobia vai para a “boca do povo”, com projetos de lei e programas sociais se espalhando por todo o país, assim como campanhas contra a discriminação e o preconceito contra GLBT. Em 2006, 200 agentes de saúde distribuíram preservativos durante a manifestação que teve sua organização questionada judicialmente, pela primeira vez, apesar da adesão de três milhões de pessoas.

Parte do trabalho da APOGLBT, em 2007, foi conquistar o direito de marchar pela Avenida Paulista, com o apoio governamental. Agora, com a contratação da Funprime, agência produtora de eventos que intensificou e profissionalizou a captação de recursos e apoios, a Parada deve trazer surpresas para o público e garantir condições logísticas adequadas para receber milhões de pessoas para a celebração da diversidade sexual. Num ano de violentas manifestações de intolerância contra GLBT, vários movimentos sociais se uniram "por um outro mundo possível, sem racismo, sem machismo e sem homofobia".


Fonte: site da Associação da Parada do Orgulho de Gays, Lésbicas, Bissexuais e Transgêneros - APOGLBT
http://www.paradasp.org.br/parada2007/modules/articles/article.php?id=2



STONEWALL: COMO TUDO COMEÇOU


O Bar
Stonewall era um bar freqüentado por gays e travestis em Nova York no final da década de 60 que se destacava dos outros por permitir que os casais de mesmo sexo dançassem à vontade. É claro que, como todos os outros bares gays da cidade, Stonewall estava sujeito a ocasionais batidas policiais sob um pretexto qualquer - geralmente por falta de licença para vender bebidas alcoólicas. Durante essas batidas, os policiais além de fechar o estabelecimento, curiosamente, levavam presos todos os homens ou mulheres que estivessem travestidos.

O Dia
No dia 28 de junho de 1969 o bar Stonewall foi local de mais uma batida policial - mais uma vez sob a alegação de falta de licença para a venda de bebidas - e todos os travestis que se encontravam no bar foram recolhidos. Mas, ao contrário das outras vezes, as pessoas que foram liberadas pela polícia resolveram resistir - em solidariedade aos que foram presos - e não arredaram mais os pés dali. O clima foi ficando cada vez mais tenso. Gays e lésbicas de um lado e policiais do outro. E travestis, presos.

Deu no Village
Trecho do Village Voice. "De repente, o camburão chegou e o clima esquentou. Três das mais descaradas travestis - todas em drag - foram empurradas para dentro da viatura, junto com o barman e um outro funcionário, sob um coro de vaias da multidão. Alguém gritou conclamando o povo a virar o camburão. Nisso, saía do bar uma sapatona, que começou uma briga com os policiais. Foi nesse momento que a cena tornou-se explosiva. Latas e garrafas de cerveja começaram a ser atiradas em direção às janelas e uma chuva de moedas foi lançada sobre os tiras..."

A Rebelião
Quando viram a multidão enfurecida, os policiais se refugiaram dentro do próprio Stonewall para se proteger da cambada lá fora que começava, literalmente, a pôr fogo no bar. Acuados, os tiras apontaram extintores e mangueiras, jogando água em direção à multidão furiosa. Logo depois chegaram reforços policiais que tentaram dispersar o grupo rebelde. Mas de nada adiantou: o pessoal não saiu dali e voltou a se agrupar para vaiar os policiais atirando pedras, tijolos, garrafas e colocando fogo nas latas de lixo. Quando finalmente conseguiu acalmar a situação, a polícia voltou para a delegacia com um saldo de 13 presos.

A Luta Continua
No dia seguinte os policiais voltaram ao bar. Mas a multidão de gays, lésbicas e travestis também voltou mais organizada, com uma atitude mais política, e alguns começaram a pichar frases nas vitrines e nas paredes, reclamando direitos iguais. Outros gritavam exigindo o fim das batidas nos bares gays. Novamente a multidão atirou pedras e garrafas em direção aos policiais e novamente a polícia investiu contra os manifestantes.

No terceiro dia, um domingo, as coisas pareciam ter voltado ao normal e o bar Stonewall foi reaberto. Seus clientes habituais voltaram, a polícia os deixou em paz por um tempo e os jornais acabaram se ocupando de outros assuntos.

O Orgulho Gay
Mas na verdade tudo havia mudado. A partir daquele dia aqueles gays lésbicas e travestis sacaram que nunca iriam ser aceitos pela sociedade se ficassem apenas esperando e dependendo da boa vontade da sociedade. A rebelião mostrou a eles que a atitude que deveria ser tomada era a do enfrentamento. O discurso mudou. Nada mais de pedir para ser aceito: era preciso exigir respeito.

Foi assim que nasceu o Dia do Orgulho Gay coincidentemente, no mesmo dia em que morreu Judy Garland, ícone máximo da comunidade gay que, em "O Mágico de Oz", sonhava com um mundo melhor, além do arco-íris:

"Somewhere, over the rainbow, way up high,
There's a land that I heard of once in a lullaby.
Somewhere, over the rainbow, skies are blue,
And the dreams that you dare to dream really do come true."

Texto adaptado do especial de 30 anos de Stonewall do CIO, Mix Brasil http://mixbrasil.uol.com.br.








MMM

Nenhum comentário: