Terça, 18 de julho de 2006, 01h11
Fonte: Redação Terra
O primeiro dia do julgamento de Suzane von Richthofen e dos irmãos Cravinhos foi marcado por uma série de contradições. Em depoimentos, cada réu contou uma versão da história, com detalhes diferentes que podem motivar o juiz a estabelecer uma acareação entre os três neste segundo dia. Confira abaixo os principais pontos que ainda deixam muitas perguntas sem resposta ao caso.
Virgindade
O ex-namorado de Suzane von Richthofen, Daniel Cravinhos, afirmou que a jovem não era virgem quando os dois começaram a namorar. Segundo ele, a própria Suzane havia lhe dito que perdeu a virgindade aos 14 anos. Em seu depoimento, Daniel contou que a jovem chegou a ter pelo menos dois namorados antes de começarem o relacionamento. Na versão de Suzane, no entanto, ela teve a primeira relação sexual em janeiro de 2000, durante suas férias, com Daniel.
Drogas
Suzane afirmou que a primeira vez que experimentou maconha foi na noite de Natal de 1999, cerca de um mês após começar a namorar Daniel. Segundo ela, os dois estavam sozinhos na casa dos pais dele, que passaram a noite com parentes, e Daniel ofereceu a droga a ela. No entanto, Daniel afirmou, em seu depoimento, que ela já fumava muito antes de os dois se conhecerem e negou ter oferecido drogas à jovem. Ele disse, inclusive, que começou a fumar maconha depois que conheceu a garota.
Relação com os pais
Daniel disse que a relação de Suzane com os pais, Manfred e Marísia, era conflituosa. Ele chegou a afirmar que a jovem teria sofrido abuso sexual por parte de Manfred e que Marísia havia jogado um tamanco na cabeça da filha por causa de um sorvete. Suzane, no entanto, declarou que vivia com uma família normal e bem estruturada e fez questão de ressaltar que teve uma educação exemplar. Ela negou que tivesse sofrido abusos por parte do pai e disse que a história "não passa de uma grande mentira inventada por Daniel e o irmão", Cristian Cravinhos.
Amantes
Daniel contou que os pais de Suzane tinham amantes e disse ainda que Marísia seria homossexual e teria um caso com outra mulher. A jovem disse que Daniel até havia comentado com ela que viu seu pai sair do motel com uma mulher, mas que o seguiram várias vezes e nada foi confirmado. Suzane ressaltou que seu pai era uma pessoa maravilhosa e que seria incapaz de trair a mãe.
Mentor do crime
Na versão de Daniel, o planejamento do crime foi exclusivamente de Suzane. Ele contou que ela já havia planejado outras formas de matar o casal como colocando fogo no sítio da família enquanto eles dormiam ou cortando as mangueiras do freio do carro. Na versão de Suzane, Daniel teria a influenciado a cometer o crime. Ele teria dito a ela várias vezes como seria bom "se os pais dela não estivessem por perto".
Dinheiro
Suzane afirmou que comprava tudo o que o namorado queria, desde roupas, perfumes, viagens, televisão e DVD, e até o carpete do quarto dele, que foi pago por ela. Daniel, no entanto, diz que sempre foi independente financeiramente e começou a trabalhar com cerca de 15 anos.
Herança
Daniel e o irmão, Cristian, negaram que quisessem ficar com a herança da jovem. Cristian chegou a afirmar que comprou uma moto, com os dólares supostamente roubados da casa dos Richthofen, apenas para se desfazer do dinheiro. Na versão de Suzane, porém, além de Daniel e Cristian, toda a família Cravinhos estava interessada em sua herança. "Era uma família atrás de um intuito", disse.
Nenhum comentário:
Postar um comentário